O que é câmbio?

Câmbio é uma operação que consiste na troca da moeda de um país pela moeda de um outro país. Essa troca é realizada comumente nas casas de câmbio, estabelecimentos autorizados a atuarem no mercado de câmbio. As trocas de moedas acontecem por meio da compra e da venda, tendo como base um preço que é conhecido como taxa de câmbio.

Para adquirir um dólar hoje, por exemplo, necessitamos de R$ 5,65. Essa é a taxa de câmbio do dólar com relação ao real. A taxa de outras moedas (euro, libra, renminbi etc.) é diferente, e pode variar conforme alterações na oferta ou na demanda, a inflação, a dívida pública ou, ainda, fatores atrelados à economia externa. Essa alteração na taxa de câmbio acontece dessa forma em países que adotam o regime de câmbio flutuante, como é o caso do Brasil desde 1998. Em países com regime cambial fixo, a taxa é determinada pelo governo.

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Resumo sobre câmbio

• Câmbio é a troca da moeda de um país pela moeda de outro país.

• Funciona por meio de operações de compra e venda e das transações financeiras que se dão no chamado mercado de câmbio.

• O câmbio pode funcionar por meio de dois regimes:

  • Flutuante: o preço da moeda estrangeira varia conforme a oferta e a demanda.

  • Fixo: o preço da moeda estrangeira é determinado pelo Estado.

• Fatores atrelados à conjuntura política e econômica tanto nacional quanto internacional podem ocasionar alterações no câmbio quando o regime é flutuante.

• Serve para viabilizar o comércio internacional, o turismo e as trocas de investimentos entre diferentes territórios.

• Taxa de câmbio é o preço de uma unidade de moeda estrangeira com base na moeda nacional. Por exemplo: US$ 1 (1 dólar americano) vale, hoje, R$ 5,65.

• O valor da moeda se diferencia entre turismo e comercial, sendo o segundo mais barato.

• Casas de câmbio são estabelecimentos autorizados a realizarem operações cambiais. Elas são regulamentadas pela autoridade monetária do país, como o Banco Central do Brasil.

• O Brasil adota, desde 1998, um regime de câmbio flutuante. Por isso, nas duas últimas décadas, o dólar variou na faixa entre R$ 1,99 e R$ 5,65.

Como funciona o câmbio?

O câmbio funciona por meio das operações de câmbio que acontecem em um ambiente controlado denominado mercado de câmbio. Essas operações consistem na troca da moeda de um país pela moeda de outro país, e podem ser realizadas tanto pelas pessoas físicas — como os turistas que estão de viagem marcada para o exterior, indivíduos que desejam enviar quantias em dinheiro para fora e comerciantes — quanto pelas pessoas jurídicas, ou seja, pelas empresas e instituições.

Lemos frequentemente no noticiário acerca da alteração no valor do câmbio do dólar no Brasil. Isso acontece pelo fato de existirem dois tipos de regime de câmbio:

• Câmbio flutuante

Como o nome sugere, seu valor se altera de tempos em tempos. Essa alteração é provocada por fatores externos que interferem tanto na demanda quanto na oferta por moeda estrangeira, o que interfere no seu preço. Esses fatores incluem:

• conflitos internacionais;

• guerras comerciais;

• normas estabelecidas para o comércio internacional;

• variações na taxa de juros;

• dívida pública;

• comportamento da balança comercial;

• instabilidades políticas e/ou econômicas internas;

• comportamento da inflação.

Quando o regime cambial de um país é flutuante, isso significa que o seu banco central não realiza interferências no seu valor. O que a instituição financeira principal faz é, somente, o monitoramento e a regulamentação das políticas referentes ao funcionamento do mercado de câmbio, conforme explica o Banco Central do Brasil.

• Câmbio fixo

Nesse regime de câmbio fixo, os preços são determinados pelo Estado, por meio do seu banco central, e não pelo mercado. Portanto, além da regulamentação do mercado cambial, o Estado é o responsável por fixar o valor do câmbio com o qual esse mercado trabalhará, garantindo maior estabilidade para o comércio internacional e para os investimentos externos.

O câmbio fixo é apontado também como um regime que auxilia no controle da inflação. No entanto, diferentemente do câmbio flutuante, o Estado precisa alimentar suas reservas internacionais de divisas (moedas) para manter os valores que foram fixados por ele, ou seja, para manter o câmbio estável. Além disso, sua adoção pode provocar a sobrevalorização cambial, afetando diretamente a balança comercial.

Para que serve o câmbio?

O câmbio é uma operação que serve para viabilizar as transações internacionais de dinheiro, investimentos e também de mercadorias. Uma vez que essa operação realiza a conversão de uma moeda para a outra, ela torna possível a movimentação de quantias entre diferentes países e territórios, tornando a economia internacional mais dinâmica. Dessa forma, podemos dizer que o câmbio possibilita as seguintes atividades:

• turismo internacional;

• investimentos diretos realizados entre países;

• envio e recepção de remessas de dinheiro;

• importação e exportação de serviços e de mercadorias;

• aplicações em bolsas de valores internacionais.

Lembremos que essas operações são realizadas tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas, como empresas, bancos, instituições financeiras e organizações internacionais.

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Taxa de câmbio

A taxa de câmbio é o preço estabelecido para a aquisição de uma moeda estrangeira. Ela determina o quanto uma unidade de uma moeda estrangeira vale com base na moeda nacional. Quando o valor de uma moeda estrangeira é muito elevado em comparação à moeda nacional, dizemos que a moeda nacional está desvalorizada frente a outra. Ao contrário, se o preço de uma moeda estrangeira está muito baixo em comparação às demais, pode ter havido a sobrevalorização da moeda nacional. Quando há a fixação da taxa de câmbio de uma moeda estrangeira, diz-se que ela está em paridade com a moeda nacional.

Consideremos o dólar estadunidense como exemplo, uma vez que essa é principal moeda utilizada nas relações internacionais. A atual cotação do dólar no Brasil é de R$ 5,65. Essa é a taxa de câmbio brasileira para a moeda dos Estados Unidos. Isso significa que, para adquirir 1 dólar, precisamos desembolsar 5,65 reais. Se vamos até uma casa de câmbio, interessados em comprar uma quantia equivalente a US$ 100, o preço em reais será de R$ 565.

Ao realizar a troca de moedas, é importante ficar atento à diferença entre o câmbio turismo e o câmbio comercial. O primeiro é utilizado pelos turistas que realizam viagens ao exterior. Pelo fato de ter uma demanda menor do que a do câmbio comercial, usado em transações de compra e venda de mercadorias e serviços, o câmbio turismo tende a ser mais caro. Por exemplo: hoje, o dólar turismo no Brasil tem valor de R$ 5,87. O valor apresentado anteriormente, de R$ 5,65, equivale ao dólar comercial.

Casas de câmbio

As casas de câmbio, ou corretoras de câmbio, são as instituições dedicadas à realização das operações de câmbio, ou seja, de compra e venda de moedas internacionais. Além da troca de moedas, esses estabelecimentos realizam transações financeiras internacionais e realizam a intermediação de outros tipos de operações que acontecem com moeda estrangeira. Dessa forma, elas são autorizadas a atuarem no mercado de câmbio e têm a sua atividade regulamentada pela autoridade monetária de um território que, no caso brasileiro, é o Banco Central do Brasil.

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Câmbio no Brasil

O Brasil adota um regime de câmbio flutuante desde o ano de 1998, o que significa que o valor das moedas estrangeiras varia de acordo com a variação na sua oferta e na sua demanda. Alguns anos antes da mudança no regime cambial brasileiro, o valor do dólar chegou a ser fixado a R$ 1, ou seja, uma unidade da moeda do Brasil comprava uma unidade da moeda dos Estados Unidos, e essa decisão foi importante no contexto do Plano Real e no controle da inflação brasileira na primeira metade da década de 1990.

A adoção do câmbio flutuante seguiu uma tendência internacional^|1|, e, ao mesmo tempo que significou um maior equilíbrio das reservas de divisas e das contas externas do Brasil, também representou um período de imprevisibilidade com relação ao comportamento das moedas estrangeiras, sobretudo o dólar. Nos últimos anos, tanto a conjuntura política e diplomática internacionais quanto as profundas transformações engendradas no cenário brasileiro ocasionaram altas e baixas significativas no câmbio.

Considerando as informações para o mês de maio de cada ano, veja, na tabela a seguir, como o câmbio do dólar se comportou nas duas últimas décadas:

Nota

^|1| ELIAS, Juliana. Faz 20 anos que o valor do dólar é livre; é melhor assim ou ter preço fixo? UOL Notícias, 18 jan. 2019. Disponível em: https://brasilescola-uol-br.noticiaderondonia.com/noticias/redacao/2019/01/18/cambio-flutuante-dolar-divida-externa.htm.

Fontes

AASP. Índices econômicos mensais – Dólar. Disponível em: https://www.aasp.org.br/produtos-servicos/indices-economicos/mensal/dolar/.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Câmbio e capitais internacionais. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/cambioecapitais.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. O que é câmbio? BCB, [s.d.]. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/oqueecambio.