A síndrome de HELLP é um problema que ocorre na gravidez e é responsável por um número considerável de mortes tanto maternas quanto perinatais. Essa síndrome, que é considerada por muitos especialistas como uma variante da pré-eclâmpsia, acomete uma ou duas mulheres a cada 1000 gestações. Normalmente a síndrome de HELLP atinge mulheres que estão entre a 28ª e a 36ª semana de gestação.
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Tópicos deste artigo
Resumo sobre a síndrome de HELLP
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A síndrome de HELLP é um problema de saúde que acomete gestantes e pode levar à morte tanto a mãe quanto o bebê.
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É causada por uma reação imunológica oriunda do contato do tecido do feto com o sistema imunológico da mãe.
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São três sinais clássicos da síndrome de HELLP: hemólise, aumento dos níveis de enzimas hepáticas e baixa contagem das plaquetas (plaquetopenia).
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Para a realização do diagnóstico, são realizados exames laboratoriais.
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O procedimento normal em caso de síndrome de HELLP é a interrupção da gestação com a realização do parto.
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Entre as complicações mais comuns da síndrome de HELLP, podemos citar edema pulmonar e cerebral e falência múltipla dos órgãos.
Causas da síndrome de HELLP
Essa síndrome ocorre em virtude de uma invasão trofoblástica que coloca em contato o tecido do feto com o sistema imunológico da mãe, ocasionando uma rejeição imunológica.
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Sinais e sintomas da síndrome de HELLP
A doença apresenta três sinais laboratoriais clássicos:
Essa tríade deu nome à doença: H - hemolysis, EL - elevated liver e LP - low plateler count.

Os sintomas da síndrome de HELLP variam muito de paciente para paciente, mas normalmente são observados:
Esses sintomas, por não serem muito específicos, são frequentemente confundidos com os sintomas da pré-eclâmpsia.
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Diagnóstico da síndrome de HELLP
Para a realização do diagnóstico, são realizados alguns exames laboratoriais. Para que seja confirmada a doença, os exames devem acusar:
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anemia hemolítica, constatada através de um esfregaço de sangue;
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valor das plaquetas igual ou inferior a 100.000 células/µl;
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LDH igual ou superior a 600UI/l ou bilirrubina total igual ou superior a 1,2mg/dL;
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concentração sérica de AST (aspartato aminotransferase) igual ou superior a 70 UI/l.
Tratamento da síndrome de HELLP
Feito o diagnóstico, é fundamental realizar exames para conhecer as condições em que se encontra o bebê e estabilizar o quadro da mãe. É importante inicialmente realizar manutenção da pressão arterial com o uso de medicamentos. Em caso de sangramento, valores da contagem de plaquetas muito baixos ou a necessidade de realização de cesariana, recomenda-se que seja feita transfusão de plaquetas.
O procedimento normal em caso de síndrome de HELLP é a interrupção da gestação com a realização do parto. Entretanto, isso dependerá, principalmente, da idade gestacional. Em mulheres com 34 semanas ou mais, o parto é indicado. Em mulheres com idade gestacional inferior, recomenda-se utilizar corticoides para maturação pulmonar do feto e esperar pelo menos 48 horas. Vale destacar que o tipo de parto a ser realizado deverá ser analisado com o médico, que verificará as condições da mãe e do bebê. Esse tema ainda é motivo de debate entre os médicos.
Complicações da síndrome de HELLP
Entre as complicações mais comuns da síndrome de HELLP, destacam-se:
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coagulação intravascular disseminada,
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descolamento da placenta,
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insuficiência renal aguda,
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hematoma subcapsular hepático,
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edema pulmonar e cerebral e
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falência múltipla dos órgãos.
A ruptura hepática é um dos problemas mais importantes, uma vez que está relacionada com muitas mortes de mães e de bebês.
Sendo assim, é fundamental que todas as mulheres grávidas realizem um criterioso pré-natal, pois só assim é possível verificar os problemas da gestação precocemente e estabelecer um procedimento correto.