Secreção celular e o complexo golgiense 474t66

A secreção celular e o complexo golgiense apresentam uma estreita relação, uma vez que é essa organela a responsável por esse importante processo celular. 5x2h4q

O complexo golgiense é uma importante organela das células eucariontes e apresenta-se em maior quantidade naquelas especializadas no processo de secreção. É nessa organela que muitas substâncias produzidas no retículo endoplasmático, como proteínas, são modificadas, armazenadas e endereçadas. 6k3e3q

→ Estrutura do complexo golgiense

O complexo golgiense consiste em uma pilha de cisternas (sacos membranosos achatados), que não se comunicam fisicamente entre si e que apresentam suas porções laterais dilatadas. Essa organela apresenta duas faces: um convexa e uma côncava.

A face convexa é chamada de cis, e a côncava é chamada de trans. A face cis é a região onde se fundem as vesículas originadas no retículo endoplasmático, e a face trans é o local onde surgem as vesículas que saem do complexo golgiense e que garantem a secreção das substâncias.

→ Secreção celular

O complexo golgiense é responsável pela secreção de substâncias produzidas no retículo endoplasmático e também por secretar as macromoléculas produzidas por ele próprio, como a pectina. As substâncias produzidas pelo retículo são levadas por meio de vesículas, que se fundem ao complexo golgiense na face cis da organela. Então, elas são transportadas pelo complexo até a face trans, onde serão liberadas.

Durante esse transporte da face cis até a trans, é comum que haja modificações nessas substâncias. Isso se deve ao fato de que nas cisternas do complexo golgiense são encontradas várias enzimas que participam de diferentes processos, como a glicosilação (adição de um carboidrato a uma molécula) e a hidrólise parcial de proteínas.

Observe os caminhos percorridos por uma substância até a sua secreção
Observe os caminhos percorridos por uma substância até a sua secreção

Na face trans, brotam vesículas que levarão a substância ao local adequado. Para que isso ocorra, o complexo golgiense marca cada vesícula para que elas cheguem ao seu destino, o qual pode ser outras organelas, como os lisossomos e a membrana plasmática. No local onde a vesícula libera seu conteúdo, há “sítios de ancoramento” que permitem a identificação da vesícula correta. Assim, podemos dizer que, antes de liberar uma vesícula para a sua secreção, o complexo golgiense consegue identificar o local de atuação de cada uma, fazendo o endereçamento correto delas.


Por Ma. Vanessa dos Santos


Fonte: Brasil Escola - /biologia/secrecao-celular-complexo-golgiense.htm