Um dos candidatos à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi morto na noite de ontem, 9 de agosto. O crime ocorreu quando o político saía de um comício na capital do país, Quito. 29759
O Ministério Público do Equador informou hoje (10) que seis pessoas foram presas nas áreas de Conocoto e San Bartolo, em Quito, por estarem ligadas ao assassinato.
Segundo a Procuradoria Geral do Equador, durante o ataque ao candidato, pelo menos nove pessoas ficaram feridas.
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, afirmou na noite de ontem que o crime foi político e que teve caráter de terrorismo. Para ele, não há dúvidas de que o assassinato foi uma tentativa de sabotar o processo eleitoral.
Lasso decretou estado de emergência no país durante 60 dias e luto nacional por três dias.
Fernando Villavicencio tinha 59 anos e era jornalista. Ele nasceu na cidade de Alausí, que fica na província de Chimborazo, no Equador. O político deixa cinco filhos.
O candidato à presidência do Equador morto em 9 de agosto estava filiado ao partido Movimento Construye e ocupava o segundo lugar nas pequisas, registrando 13,2% das intenções de votos.
Villavicencio se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores. Também defendia que queria combater a corrupção no Equador.
O político denunciou, em uma entrevista feita na semana ada, que tinha sido ameaçado por um cartel do país. Mesmo assim, ele afirmou que não suspenderia sua campanha eleitoral.
O Equador conta com oito candidatos à presidência do país. Com a morte de Villavicencio, agora são sete.
A advogada Luisa González ocupa o primeiro lugar de acordo com as pesquisas, contando com 26,6% das intenções de votos. A candidata recebe o apoio de Rafael Correa, que governou o Equador durante dez anos.
Mesmo após o assassinato do candidato Fernando Villavicencio, o presidente do Equador, Guilhermo Lasso, afirmou que as eleições presidenciais do Equador estão mantidas para o dia 20 de agosto.
O Equador é um país situado na América do Sul, fazendo fronteira com a Colômbia e o Peru. Ex-colônia espanhola, a nação tornou-se um estado autônomo, obtendo a independência nacional em 24 de maio de 1830.
*Com informações da Agência Brasil
Crédito da imagem: arquivo pessoal
Por Silvia Tancredi
Jornalista
Fonte: Brasil Escola - /noticias/candidato-a-presidencia-do-equador-e-morto-entenda-eleicoes-do-pais/3129211.html